Há duas sem três: Superstições.


Este post até se podia inserir no "Há duas sem três" mas só seria verdadeiro se fosse, na realidade, um "Há uma sem as outras duas!" Pois é, com este tema só eu me identifico! A L. e a R. nisto não querem saber nada de nada de mim...mas hoje é sexta feira 13 do ano 13! E como eu gosto destes dias...
Não é que eu seja muito supersticiosa...lá no fundo se calhar nem o sou na realidade, mas gosto destas coisas! Gosto que haja um motivo para conversa, para se fazerem festas, para se temer tudo à nossa volta durante todo o dia e chegar ao fim e dizer: sobrevivi! :)

Quando digo que talvez não seja tão supersticiosa assim é porque (do que me lembro!) não deixo de fazer as coisas por haver quem diga que algo de mal vai acontecer se o fizer.
Evito passar por baixo de escadas, mas se me aparecer alguma à frente e não houver outra alternativa, passo com descontração. Se se atravessar um gato preto à minha frente, eu não fico com medo mas sei que naquele momento vou pensar: era melhor se isto não tivesse acontecido! E não me intimida minimamente sentar-me a uma mesa com 13 pessoas, pelo contrário, acho graça. Deve ser uma espécie de desafio à sorte, se correr bem somos mais fortes! :)
Há uns quatro anos fui a uma festa em casa de um amigo meu. Uma festa giríssima, cujo tema eram os anos 80. Estava tudo a correr muito bem, até que eu parti um espelho!
E nesse momento questiona-se tudo! Qual é a probabilidade de ir a uma festa e partir um espelho? Nenhuma! Não fui contra ele a dançar, não lhe tropecei para cima, foi tudo muito mais simples… e intrigante! 
A manga do meu casaco de malha tocou no espelho quando pegava nele e puf: desfez-se em cacos! Já não bastava ser constrangedor o suficiente ter partido alguma coisa em casa de alguém, como essa coisa ter que ser um espelho? Por favor!
E é em momentos destes que sou supersticiosa. Será que não só estava a dar azar a mim mesma (sim não sou supersticiosa ao ponto de não dizer a palavra azar, embora na maioria das vezes alerte quem a diz para não a dizer!) como também estaria a passar o azar para o pobre coitado do meu amigo que me tinha recebido lá em casa?!
Talvez isto não tenha corrido tão mal assim mas só ao fim de sete anos saberei o azar que esse espelho me trouxe… a mim e ao João!!



E era ainda bem pequena e já desafiava a sorte da mesma forma que o faço agora!
Ainda mal tinha direito a opinião, os meus pais diziam-me sempre no primeiro dia de aulas: entra com o pé direito! Pois é, eu nunca o fiz… até ao primeiro dia da segunda classe. 
Lá fui eu, toda catita, de roupa nova, para o meu primeiro dia de aulas, toda entusiasmada! Lembro-me bem da roupa que usava nesse dia. Uma saia, uma t-shirt e um pequeno casaco, todos eles a fazer pendant, em tons de bege e bordeaux.
A animação do regresso às aulas era tanta que eu não parei um segundo. Não me lembro de como foi o meu dia, lembro-me só de como ele acabou! 
Enquanto esperava que os meus pais me fossem buscar, fiquei a brincar no recreio com os meus coleguinhas. Claro que no regresso de férias há muito para contar, éramos crianças mas havia novidades! Um dos meus amigos tinha se inscrito no Karaté e que melhor forma de começar as aulas que nos ensinar uns golpes? Assim foi! A ideia mais genial de todas foi fazer esses golpes contra uma parede… genial até ao momento em que era suposto tirarmos os dois pés do chão! Claro, foi aí que a brincadeira acabou! Em vez de simplesmente dar aquilo a que chamo de "pontapé duplo no ar", desequilibrei-me para a frente e bati com a cabeça na parede! Rachei a cabeça e fui parar ao hospital! Nem outra coisa era de esperar! 
Para mim aquilo não tinha dado em nada, não senti! Só quando ouvi o meu amigo a dizer "ela partiu a cabeça!" e olhei para mim e vi a minha roupa, novinha em folha, coberta de sangue, é que percebi!
Nesse dia disse a mim mesma que nunca mais iria entrar com o pé direito em lado nenhum, ainda andei uns tempos a forçar entradas com o pé esquerdo mas caiu no esquecimento e agora é como calhar!

E como é que vai correr esta sexta feira 13? Não sei. 
Se me cruzar com um gato preto eu peço auxílio! ;)

m.*

(gatos daqui, daqui, daqui, daqui e daqui.)

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